quinta-feira, 10 de julho de 2014

AVATAR: A Nação do Fogo e o Imperialismo Britânico




Avatar: A lenda de Aang é um desenho estadunidense, com inspirações nos animes japoneses, que foi lançado em 2005 pela Nickelodeon e criado por Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko. Teve três temporadas (as duas primeiras com 20 episódios cada e a última com 21 episódios) durando até 2008.
O curto número de temporadas em nada tem haver com o sucesso da série que, mesmo voltada ao público infantil, ganhou grandes adeptos entre jovens adolescentes e adultos. Os criadores planejaram que a série teria 3 temporadas, garantindo assim um início, meio e fim coerentes.
O grande sucesso que essa série teve entre o público de maior idade pode ser explicado pela introdução de elementos sociais complexos, um roteiro bem feito e bem definido, movimentos baseados em artes marciais reais e uma forma agradável a todos os públicos.

terça-feira, 29 de abril de 2014

TÁ BOM, MAS... E QUANDO NÃO JOGAM BANANAS?

(Por Maicon Vasconcelos da Silva)*



Incrível a hipocrisia da "elite branca"...
Um monte de reaças, que se nutrem e tem seu "ganha pão" justamente por reproduzir os conceitos que alimentam o racismo, o machismo, a xenofobia, a homofobia ficam solidários nas mídias sociais quando um de seus representantes "sofre racismo".
E quando não são bananas que caem ao chão e sim os golpes dos cassetetes da polícia militar no "lombo dos neguim" das favelas? 
E quando o povo negro vê sua cultura, seus costumes ou até mesmo sua religião sendo historicamente segregadas ou marginalizadas, como o uso de plantas medicinais ou até mesmo no caso do Candomblé? E quando a Grande Mídia reproduz uma visão estereotipada do que é "ser negro" e o único referencial que se tem nos meios de comunicação é o Programa Esquenta ou a Globeleza?
E quando a juventude negra e periférica sofrem constantes ataques, não de bananas, mas sim da segregação social/econômica onde muitos deles resultantes em mortes, seja na falta de creches, seja no acesso a educação e saúde de qualidade, sejam nos rolezinhos ou na sensação do momento: amarrar os "neguim" postes? Não vi esses infelizes se manifestarem. Aliás, "como não existe racismo no Brasil", e "todos tem o mesmo direito", não precisamos de políticas inclusivas como as Cotas Raciais, PROUNI, Bolsa Família e etc. não é mesmo? Não é esse o discurso desse povo? 
No Brasil "póóódi", o que não pode é com um jogador brasileiro, que mora na Espanha e ganha MILHÕES de reais por ano, aí é o fim da picada! Aí vira comoção nacional! Não me venham com essa de "‪#‎somostodosmacacos, porque vocês não são! Para simples informação, NÃO SOMOS MACACACOS, somos um povo culto com tradições próprias que foi sequestrado e relegado à condição de escravos, explorados, que também com sua força de trabalho ergueram uma nação a durante séculos temos nossos direitos usurpados por uma "minoria branca racista" a qual vocês fazem parte. 
 Mais uma vez o racismo vira uma ferramenta de autopromoção de uma elite porca, excludente e acima de tudo hipócrita. Como diria Milton Santos, "Enquanto houver classes sociais, existirá racismo", e esses infelizes, entre eles Luciano Huck e Angélica não estão nem aí nem para diminuir estruturalmente as desigualdades sociais nem muito menos acabar com elas!



*O texto não é meu, caros leitores. Achei tão sensacional que pedi Licença ao autor para publicar esse excelente artigo aqui nesse espaço. Segue seu contato no Facebook: https://www.facebook.com/maicon.vasconcelosdasilva?fref=nf


domingo, 9 de março de 2014

MAS TOME CUIDADO COM O CABO DA VASSOURA, É PIOR DO QUE CENOURA, VOCÊ PODE SE DAR MAL.

Acho muito divertida essa rivalidade criada entre as duas principais metrópoles de país. A disputa entre paulistas e cariocas já faz parte da cultura nacional e até proporciona um charme entre os dois estados (Sim, eu sei que o correto seria escrever paulistanos e cariocas, ou no caso de expandir a rivalidade a nível estadual, paulistas e fluminenses. Mas a cultura popular batizou a rixa RioXSP dessa forma). Seja no campo do futebol, das artes da política, sempre paulistas e cariocas tentam se vangloriar dos seus feitos e consequentemente diminuir os do rival. Mas não tenho dúvida que tudo isso não passa de uma saudável brincadeira e todo mundo concorda na importância das duas cidades para o país e até para a America do Sul.

E hoje, tive que me render aos amigos cariocas que vivem tirando sarro comigo, um paulistano nascido e criado nessa cidade: O embrião da revolução será gerado no Rio de Janeiro. O que vimos na capital fluminense essa semana foi lindo. A mobilização e vitória dos garis é algo que merece destaque no histórico das lutas recentes da classe trabalhadora. A capacidade de organização de uma profissão desprezada pela sociedade realmente impressionou. Quem acompanhou o desenrolar da greve de longe como eu, pode observar uma categoria muito bem estruturada, com objetivos claros e acima de tudo, coragem para enfrentar os mais poderosos grupos. Como acreditar na vitória de uma classe trabalhadora, formada em sua imensa maioria por negros, favelados e com baixo grau de instrução? Pois a vitória veio e de maneira retumbante. Os 37% de aumento é uma conquista para inflar de orgulho todos os garis. Não apenas pelo valor real que isso representa no bolso, mas pelo simbolismo. Não me recordo de ter visto, ao menos recentemente, outra categoria ter conseguido um aumento tão significativo ao final de uma greve. Todos os envolvidos estão de parabéns, mas não só eles.

O prefeito Eduardo Paes, certamente não gostou nada de ter cedido nessa queda de braço. E nem estou questionando a administração Paes, ou a lisura do prefeito. Talvez ele pessoalmente até gostasse de oferecer o reajuste salarial, mas é claro, 37% é um valor significativo nos cofres do município (Estimado em R$ 400 milhões por ano). Certamente, Paes não concedeu o aumento por caridade. O aumento somente saiu devido o apoio da população ao movimento grevista. A tentativa da imprensa em jogar os trabalhadores contra a sociedade, mostrando a Cidade Maravilhosa imunda, não deu certo. O a prefeitura pressionada não teve outra saída a não ser atender a reivindicação trabalhista. Fosse aqui em São Paulo, certamente a população estaria indignada com “esses vagabundos que em vez de trabalhar ficam ai fazendo baderna”. Uma matéria do SPTV mostraria a cidade suja com lixo espalhado pelas ruas. E a noite no Jornal do SBT, veríamos uma Rachel Sheherazade indignada com os desmandos de um país que tolera que garis de organizem, e em nome da ordem e do progresso exigindo que o Estado, através de seu aparelho repressivo, de fim a esse caos (Em termos coloquiais, descesse a borracha nos grevistas). E nos sofás das salas, as famílias paulistanas aplaudiriam e endossariam nas redes sociais o coro. Quem esses lixeiros pensam que são para perturbar a paz e a ordem pública?



Quem não se lembra de Boris Casoy, um dos ícones da direita brasileira, em uma falha técnica da TV Bandeirantes, humilhando ao vivo dois garis que desejavam um feliz ano-novo aos telespectadores do Jornal da Band, no último dia de 2009? “Que merda, dois lixeiros desejando felicidades. Do alto de suas vassouras. Dois lixeiros! O mais baixo da escala do trabalho”. Para quem não sabe, não lembra ou tenta esquecer, Casoy foi um dos membros do CCC (Comando de Caça aos Comunistas), um aparelho informal do regime militar que como o nome sugere, era pago pela ditadura para matar simpatizantes do comunismo. O desdém com que Boris Casoy foi flagrado nessa situação é o mesmo das elites para com a classe trabalhadora. A vitória dos garis cariocas é uma vitoria de todo o proletariado. É a prova que a poder está nas mãos dos trabalhadores, que sim, somos fortes.


Sinceramente fiquei curioso em ver a cara, depois de consolidado o reajuste salarial, daqueles garis que não aderiram à paralisação. Daqueles que protagonizaram aquela cena patética de pedir escolta policial para trabalhar. Esses mesmos que tentaram por tudo a perder. Pois é, eles também terão o reajuste. Mas imagine o momento de abrir o contracheque, e olhar aquele aumento salarial. Lembrar que foi uma conquista que ele não participou, alias, fez o possível para atrapalhar. Ou ainda, chegar em casa e encarar o filho gritando: Parabéns pai, eu vi na televisão. Vocês conseguiram! Os amigos no boteco, batendo no ombro dizendo: Cara, que vitória hein? E no intimo saber que os cumprimentos são indevidos, que a vitória foi daqueles que por covardia, não apoiei. E tentar o possível para meu filho e meus amigos não descubram que sou um pelego. Esses ai bem que podiam devolver o aumento. Reconhecer não ser merecedor dele. Não... a lei não permite isso. Então, doar, enterrar ou atear fogo na diferença. Assim tentar esquecer essa vergonha. Se bem que não precisa. Encarar os colegas de trabalho na segunda feira já é punição suficiente. 

domingo, 9 de fevereiro de 2014

O que estamos nos tornando?

Só tenho medo de nos tornarmos exatamente aqueles a quem queremos condenar.
Ou até piores que eles...

NÃO tem nada a ver com defender bandido 
Definamos então o que é ser bandido.
QUALQUER criminoso deve sim ser punido pelo seu crime
Mas dentro dos rigores da Lei. Se as autoridades são incompetentes nesta questão...
Pressionemos a estes então.
Preto, branco, de menor ou de maior, ricos ou pobres, todos que infligem a lei devem sim ser punidos!
O sistema penitenciário deveria ser capaz de restabelecer a civilidade do criminoso, leva-lo ao arrependimento
e entendimento de que deve mudar de rumo, deveria causar uma reforma social, transformando o criminoso em cidadão honesto e trabalhador.
Em alguns países isso realmente tem funcionado, infelizmente no Brasil, não.
Então pressionemos o poder público!
Se estamos com o criminoso sob nosso poder, como pessoas responsáveis e civilizados que deveríamos ser, esperaríamos
as autoridades e o entregaríamos aos seus cuidados.
O que defendo é a nós mesmos, por que, se continuarmos assim, no que nos transformaremos? Será que as atitudes dos chamados " justiceiros"
tem sido realmente motivadas por um senso de justiça? Ou pelo pura satisfação de sentir nas mãos o poder de causar violência, dar vazão às emoções
sem sentir-se incomodado pela consciência, por pensar, enganado-se é claro, que o que está sendo feito
é correto e justo?
Que exemplo tem sido dado com isso, para crianças?
Uma hipocrisia tão grande há, quando todo mundo pede paz e diz que violência só gera violência, mas parece que essas preces
foram esquecidas!
O temor que há é que, a qualquer momento, qualquer um de nós poderemos ser vítimas de punições desumanas como as que tem ocorrido.
A humanidade tem uma tendencia a exagerar, quando ela detêm o poder.
As coisas saem do controle, e tudo e todos por quaisquer motivos, podem ser punidos assim.
Se acharmos que essa é a atitude correta, pra corrigir o erro, e chamar a atenção das autoridades...
Será que não estamos correndo o risco de sermos até mesmo piores, ou tão monstros quanto os a quem achamos que devem ser punidos dessa forma?
Como que somos então, melhores que tais bandidos?

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

PELA FAMÍLIA BRASILEIRA, CONTRA OS PEPINOS E O BBB!

Vou iniciar amanha uma campanha, e conto com o apoio dos cidadãos de bom gosto desse país. Comecei minha saga contra a produção de pepinos. Como alguém com o mínimo de cérebro pode gostar dessa porcaria? Um legume horrível, que nada acrescenta ao paladar da família brasileira. Não podemos deixar meus amigos, que o mau gosto invada nossas cozinhas. Por um Brasil livre de pepinos. Acorda meu povo! Como cheguei à conclusão que pepino é tão ruim assim? Ora, mas que obviedade! Eu detesto pepinos! E se eu, no alto do meu bom gosto, eu não gosto, é porque não presta. Ponto final. E todos os simpatizantes desse legume são apedeutas que devem ser veemente combatidos.



Acredito que muitos que se prestaram a ler o parágrafo anterior se perguntaram como pude escrever algo tão idiota. O fato de eu não gostar de um legume necessariamente significa que ele é ruim? Muito bem, releiam então o parágrafo trocando ‘pepino’ por ‘Big Brother Brasil’. Assim o texto ganha uma cara intelectual, merecedor de muitas curtidas e compartilhamentos. Simplesmente pelo fato de criticar um programa que no meu julgamento é ruim. Como o pepino.

Realmente detesto pepinos e BBB. Isso não torna nenhum dos dois ruins. Apenas são coisas que eu, no meu julgamento, não considero boas. Prefiro uma salada de tomates á pepinos. Prefiro outro tipo de entretenimento que BBB. Apenas isso. O mesmo vale para o funk carioca. Não me agrada (Nem um pouco) esse estilo musical. Então o que faço? Não ouço funk, não tenho funk no meu pen drive, não frequento lugares que toca funk. O que não me torna pior, ou melhor, do que quem gosta. “Ah, mas e aqueles filhos da puta que ouvem funk no carro as 03:00 da manhã no último volume?” Isso nada tem a ver com o estilo musical, e sim com educação.

Existe o meu gosto e o mau gosto. Por mau gosto defini-se tudo que EU não gosto. E ai, podemos estender o leque para cores, times de futebol, religiões... Notem ai outro paradoxo: Uma das principais criticas ao BBB é que é um entretenimento inútil, que nada acrescenta a cultura das pessoas. E o que acrescenta a cultura o futebol? E a novela? E os seriados estadunidenses? E o programa policial? O problema não está em assistir o BBB, o problema está em assistir somente o BBB. Como todos os outros tipos de programa citados. A coisa é que o BBB é da Globo. E virou um certo senso comum atacar a Globo.

“O que? Você agora defende a Globo?” Evidente que não! Que as Organizações Globo detém praticamente o monopólio da comunicação brasileira é uma realidade inquestionável. O poder de penetração da Globo em quase 100% do território nacional a torna um quarto poder na República e a sua capacidade de manipular a opinião pública atendendo aos interesses das nefastas oligarquias que mandam e desmandam nesses pais desde 1889 pode ser constatado no documentário “Muito Além do Cidadão Kane”, produzido pela rede BBC em 1993.

Agora, também é uma realidade que já virou modinha atacar a Globo. Meses atrás, fizeram um baita estardalhaço em cima de uma falha da abertura do Jornal Nacional. Uma falha grotesca, claro. Porém, muito menos grave do que um certo âncora da Bandeirantes, famoso por entregar colegas jornalistas ao CCC (Comando de Caça aos Comunistas) na época do regime militar, que fora flagrado fora do ar ridicularizando os cumprimentos de Natal de um homem pelo fato de ser um gari: “Que merda; um gari desejando feliz ano-novo. Um gari!” E não houve tanta repercussão assim. Todo ano, em janeiro é a mesma coisa: o Big Brother Brasil vira o alvo das tijoladas. A mim, em nada incomoda o BBB sabem por quê? Porque eu não assisto! No máximo as quartas feiras, antes de começar o futebol, vejo o finalzinho do programa. E sinceramente, não vejo esse terror todo no programa. È um programa fútil, como existem dezenas de outros na televisão. Não acho que alguém será mais ou menos inteligente por assistir o citado reality show. Eu por exemplo, sou apaixonado pelo já citado futebol. Um entretenimento tão alienante quanto.  


Isso não muda em nada o que penso da Rede Globo. A maior e mais poderosa arma das grandes oligarquias. Tudo que é bom para a Globo é ruim para o Brasil, não tenho dúvidas. Mas reparem que 90% dos que bradam criticas contra a Globo repetem exatamente o discurso pregado por eles. É dessa hipocrisia que me refiro. O sujeito vem publicamente achincalhar a Rede dos Marinhos e defende o mesmo lado da emissora, as mesmas ideias, os mesmos princípios. Assistir ou não o BBB é inócuo. O problema mesmo está em assistir o Jornal Nacional. Esse sim é muito mais perigoso.