terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Substituta_7




      - É, parece que a chuva parou. – Caleb se levanta e me da um beijo no rosto. – Nos vemos por ai.
    -Sim, nós nos vemos por ai. – me despeço dando um sorriso e seguindo meu caminho. Depois de tomarmos sentidos diferentes, dei exatamente cinco passos, e ao me virar e olhar para ele percebi que ele também me olhara naquele exato instante.
   Caminhei lentamente até que de repente alguém chama minha atenção, era Abel.
    - Laura! Laura! Espera por mim! – ele corre em minha direção. – Desculpa por ter falado aquilo, eu só quis te manter atualizada e... não acredito muito nos boatos.
    - Eu já te disse que odeio mentiras? – não olhei para ele, as palavras que ele acabou de deferir tinham me irritado imensamente.
    - Tá bom! Tá bom! Eu admito, acho Clara suspeita, alias extremamente suspeita, mas se ela é sua amiga eu vou tentar aceita-la, tentar de verdade! – ele se voltou para mim e me impediu de continuar andando. – Laura, eu quero muito ser seu amigo, então por favor, entenda.
   - Tudo bem. – falei olhando para ele. – Não vou culpá-lo por desconfiar de Clara, mas quando eu descobrir a verdade e provar que ela é inocente você vai ter que pedir perdão para ela... de joelhos.
   - Você está impondo condições? – ele pergunta fazendo cara de confuso.
   - Estou. – eu o encaro.
  - Tudo bem. – ele fala depois de pensar por alguns segundos. – Mas eu também vou impor uma condição. Sabe, tem uma festa de inicio de ano hoje lá na casa da Laís e gostaria que você também fosse.
  - Laís? Aquela garota metida a besta?
  - Se você está falando da garota mais popular da escola, sim, é ela.
  - Quero ir sim. – falei pensando que aquela festa seria a forma ideal de conhecer quem tinha ligações com Rebeca, e quem sabe encontrar suspeitos para os tais mascarados.
  - Foi mais fácil do que eu imaginava. – ele falou dando um sorriso.
  - Relaxa, você vai ter que trabalhar muito essa noite. – dou um sorriso.
  - Trabalhar?
  - Mudando de assunto, por acaso vocês tem costume de fazer festas em plena terça feira? Que coisa estranha!

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   A casa dela era incrível, e também estava lotada de gente, mas do que eu tinha notado na escola.
  - Bom, vamos começar. – falei cutucando Abel.
  - Começar com o que? – ele pergunta.
  - Lembra da tal Rebeca? Pois é, quero saber quem andava com ela, amigos, inimigos, qualquer um que tenha algum tipo de ligação.
  - Isso faz parte da sua tal investigação pessoal?
  - Acertou em cheio, e você foi escalado para me ajudar nessa noite... claro, se você quiser minha amizade.
  - Tudo bem, vou lhe ajudar, pode ser divertido.

  Sorri para ele e entramos na festa.

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