- É, parece que a chuva parou. – Caleb se
levanta e me da um beijo no rosto. – Nos vemos por ai.
-Sim, nós nos vemos por ai. – me despeço
dando um sorriso e seguindo meu caminho. Depois de tomarmos sentidos
diferentes, dei exatamente cinco passos, e ao me virar e olhar para ele percebi
que ele também me olhara naquele exato instante.
Caminhei lentamente até que de repente
alguém chama minha atenção, era Abel.
- Laura! Laura! Espera por mim! – ele corre
em minha direção. – Desculpa por ter falado aquilo, eu só quis te manter
atualizada e... não acredito muito nos boatos.
- Eu já te disse que odeio mentiras? – não
olhei para ele, as palavras que ele acabou de deferir tinham me irritado
imensamente.
- Tá bom! Tá bom! Eu admito, acho Clara suspeita,
alias extremamente suspeita, mas se ela é sua amiga eu vou tentar aceita-la, tentar
de verdade! – ele se voltou para mim e me impediu de continuar andando. –
Laura, eu quero muito ser seu amigo, então por favor, entenda.
- Tudo bem. – falei olhando para ele. – Não
vou culpá-lo por desconfiar de Clara, mas quando eu descobrir a verdade e
provar que ela é inocente você vai ter que pedir perdão para ela... de joelhos.
- Você está impondo condições? – ele
pergunta fazendo cara de confuso.
- Estou. – eu o encaro.
- Tudo bem. – ele fala depois de pensar por
alguns segundos. – Mas eu também vou impor uma condição. Sabe, tem uma festa de
inicio de ano hoje lá na casa da Laís e gostaria que você também fosse.
- Laís? Aquela garota metida a besta?
- Se você está falando da garota mais popular
da escola, sim, é ela.
- Quero ir sim. – falei pensando que aquela
festa seria a forma ideal de conhecer quem tinha ligações com Rebeca, e quem
sabe encontrar suspeitos para os tais mascarados.
- Foi mais fácil do que eu imaginava. – ele
falou dando um sorriso.
- Relaxa, você vai ter que trabalhar muito
essa noite. – dou um sorriso.
- Trabalhar?
- Mudando de assunto, por acaso vocês tem
costume de fazer festas em plena terça feira? Que coisa estranha!
..........................................
A casa dela era incrível, e também estava
lotada de gente, mas do que eu tinha notado na escola.
- Bom, vamos começar. – falei cutucando Abel.
- Começar com o que? – ele pergunta.
- Lembra da tal Rebeca? Pois é, quero saber
quem andava com ela, amigos, inimigos, qualquer um que tenha algum tipo de
ligação.
- Isso faz parte da sua tal investigação
pessoal?
- Acertou em cheio, e você foi escalado para
me ajudar nessa noite... claro, se você quiser minha amizade.
- Tudo bem, vou lhe ajudar, pode ser
divertido.
Sorri para ele e entramos na festa.
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