Carol e
Samuel arrastam o corpo de Sara em direção ao porão. Com dificuldade eles
conseguem chegar ao local, eles abrem a porta e notam que o corpo de Sara não
estava mais ali, e estranhamente o espelho que Samuel quebrara estava em
perfeito estado. Ao passar pela porta os olhos de Sara se abrem, e com um
movimento rápido ela lança o casal contra a parede do lugar.
A criatura aponta para Samuel e uma força
invisível o ergue, arrastando-o contra a parede e o fazendo subindo cada vez
mais alto.
- É realmente uma pena! – ela fala tomada
pela fúria. – Vou ter que quebrar o pescoço do querido irmãozinho de Sara. – de
repente Sara sente uma ferida se abrir em sua costa, por susto ela solta Samuel
e se vira, deparando-se com Carol que possuía um estilete em sua mão. – Você
está falando sério? – Sara pega bruscamente o pescoço de Carol e a ergue. –
Você realmente achou que poderia me matar com isso?
Samuel se esforça para se levantar, ele
podia sentir o desespero tomar conta do seu ser, mas não podia desistir, Carol
estava em perigo. Ele toma um impulso e corre em direção à criatura,
empurrando-a contra a parede e fazendo com que ela solte Carol.
-
Chega! – a criatura é envolta em uma espécie de força que a faz levitar, em
questão de segundos ela está de pé na frente dos dois jovens que estavam
feridos. – Eu vou matar vocês! Absorver suas aparências, e irei a suas casas e
matarei todos que vocês amam!
Samuel podia sentir que aquele seria
o seu fim, a dor de ter perdido sua irmã, a dor de saber que iria perder sua
família, a dor de perceber que iria morrer, e principalmente a dor que sentia
ao ver que não podia salvar a garota que amava, fez com que lágrimas corressem
de seus olhos. Samuel sente alguém tocando sua mão, e quando abre seus olhos
nota que é Carol, a garota também tinha lagrimas nos olhos, mas trazia um
sorriso no rosto, por algum motivo aquele gesto confortava Samuel. O rapaz se
arrasta em direção à Carol e lhe da um beijo... um beijo de despedida.
A criatura mira suas duas mãos em direção
ao casal, mas por algum motivo ela não conseguira fazer nada, parecia que seus
poderes haviam sumido. O desespero e a incompreensão tomam conta dela e o
sentimento acaba se tornando avassalador quando o espelho embutido na parede se
quebra em centenas de pedaços. De dentro do espelho várias folhas com desenhos
começaram a se mover como se uma forte corrente de vento estivesse no local, e
entre meio a estas folhas eis que podia-se ver a silhueta de uma garota.
Sim... era
Sara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário