Vou começar expondo uma tabela com minha proposta de classificação dos principais clubes do Brasil:
Classificação
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Títulos
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Torcida
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Série
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Idade
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Estádio
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Obs / variável
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Gigantes
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Principais
campeonatos nacionais / Eventualmente Libertadores/ Eventualmente Mundial
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Grandes
torcidas de alcance nacional
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Frequentemente
na Série A / Eventualmente na Série B
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Antigos.
Eventualmente
centenários.
[tradicionais]
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Frequentemente
lota o estádio
Divide
torcida em estádios fora de seu estado
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Os
gigantes que caem para série B costumam voltar no ano seguinte como campeões.
Há
casos raros.
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Grandes
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Maiores
vencedores dos campeonatos estaduais/ Eventualmente títulos nacionais
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Grandes
torcidas em grandes capitais e metrópoles. Algum alcance regional.
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Frequentemente
na Série A / Frequentemente na Série B
Eventualmente
na Série C
Raramente
na Série D
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Antigos.
Eventualmente
centenários.
[tradicionais]
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Frequentemente
lota o estádio
Frequente
presença de torcida em estádios fora de seu estado
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É
comum ver esses grandes na elite, assim como na série B. Estar na C ou na D
acontece, mas é sinônimo de crise. A casos também de estarem sem série.
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Médios
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Eventuais
vencedores de campeonatos estaduais
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Numerosas
torcidas em cidades longe da capital, pequenas e médias.
Ou
Numerosas
torcidas de capitais de estados com pouca tradição futebolística.
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Eventualmente
na Série A
Frequentemente
na Série B
Frequentemente
na Série C
Frequentemente
na Série D
Eventualmente
sem Série
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Antigos.
Eventualmente
Centenários
Eventualmente
medianos (+ ou –50 anos)
[tradicionais
regionalmente]
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Eventualmente
lota o estádio
Eventual
presença de torcida fora de seu estado
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Alguns
times médios de lugares com times gigantes, podem não ter nenhum titulo
estadual, ou pouquíssimos.
Alguns
times médios são forças secundárias em grandes capitais.
Alguns
times médios podem ser a grande força de seu estado, apesar de ter
pouquíssima forçar e relevância no cenário nacional.
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Pequenos
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Raros
títulos estaduais.
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Pequenas
torcidas localizadas (como em bairros de grandes cidades, ou cidades pequenas
de interior)
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Raramente
na Série A
Eventualmente
na Série B
Frequentemente
na Série C
Frequentemente
na Série D
Frequentemente
sem Série
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Eventualmente
antigos. Eventualmente centenários.
Eventualmente
medianos
Raramente
novos
[tradicionais
em pequenas localidades]
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Raramente
lota um estádio
Residual
presença de torcida em estádios fora de seu estado
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Entre
os pequenos, o fator investimento externo (empresários por ex) tem maior
influência, podendo levar os times a passar boas temporadas nas séries A e B.
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Minúsculos
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Raros
títulos estaduais.
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Sem
torcida relevante.
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Raramente
na Série A
Eventualmente
na Série B
Eventualmente
na Série C
Frequentemente
na Série D
Frequentemente
sem série.
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Raramente
antigos.
Eventualmente
medianos.
Frequentemente
novos.
[sem
tradição]
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Nunca
lota o estádio. (com raríssimas exceções)
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Nos
casos dos times minúsculos, alguns podem ser usados por empresários, outros
são criados por empresários e pode acontecer de realizarem boas temporadas,
subindo de série e nos campeonatos estaduais.
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Feito a tabela é
importante algumas considerações:
1-
Não é uma proposta absoluta, ou que se pretende
oficial.
2-
Não é uma proposta que busque passar por cima da
auto representação que cada torcida/time tem de si mesmo.
3-
A proposta tem como objetivo único e exclusivo
elaborar uma análise sintética dos clubes do futebol brasileiro, buscando
superar preconceitos regionais e sem se prender ao clubismo (não que o clubismo
em si seja ruim, mas não cabe nessa proposta)
4-
Uma análise mais profunda (e necessária), pode
se debruçar sobre essa proposta e avaliar fatores históricos, econômicos,
políticos e sociais que levaram à configuração final desse quadro.
Agora a parte que gerará maiores “Não acredito que você esta
falando isso!”, visto que é difícil pensar em futebol colocando momentaneamente
de lado o clubismo e sem sermos influenciados pela vivência de anos numa
sociedade preconceituosa e desigual.
Vejamos os exemplos
escolhidos por mim para a classificação dos clubes brasileiros.
Gigantes: Internacional,
Grêmio, Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos, Flamengo, Vasco, Fluminense,
Botafogo, Cruzeiro e Atlético MG
Grandes: Atlético
PR, Coritiba, Avaí, Figueirense, Criciúma, Bahia, Vitória, Sport, Santa Cruz,
Náutico, Fortaleza, Ceará, Goiás, Atlético GO, Vila Nova, CSA, CRB, ASA,
América de Natal, ABC, Paysandu, Remo.
Médios: Juventude,
Caxias, Ponte Preta, Guarani, Portuguesa, Bragantino, XV de Piracicaba,
Botafogo de Ribeirão Preto, América MG, Botafogo PB, Campinense PB, Flamengo
PI, Brasil de Pelotas etc
Pequenos: Bangu
RJ, América RJ, São Cristovão RJ, Ypiranga BA, Fluminense de Feira BA,
Americano RJ etc
Minúsculos:
Barueri, São Caetano, Cabofriense, Macaé, Santo André etc
Antes que os mimimi se tornem insuportável, quero dizer que
apesar de dividir em 5 categorias de
classificação, ainda acredito que dentro de cada uma dessas categorias macro,
há uma hierarquia de tamanho. Portanto, vou mostrar novamente meus exemplos,
dividindo cada categoria em A e B, ou A,B e C, novamente de acordo com minha
opinião, baseada no quadro proposto.
Antes de seguir com os exemplos, é bom que fique claro que
as categorias macro fazem com que os times dentro delas tenham muito mais a ver
um com o outro, do que com o time de uma categoria a baixo ou acima.
Gigantes A: Flamengo,
Vasco, São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Santos.
Gigantes B: Internacional,
Grêmio, Cruzeiro.
Gigante C: Botafogo, Fluminense, Atlético MG.
Grandes A: Bahia,
Vitória, Atlético PR, Coritiba, Sport, Santa Cruz.
Grandes B: Goiás,
Náutico, Criciúma, Figueirense, Avai, Fortaleza, Ceará, América RN, ABC.
Grandes C: Vila
Nova, Atlético GO, CSA, ASA, CRB, Paysandu, Remo
Médios A: Ponte Preta, Guarani, Campinense PB, Botafogo
PB
Médio B: Juventude,
América MG, Caxias, Portuguesa,
Médio C: Brasil
de Pelotas, XV de Piracicaba, Bragantino
Pequeno A: Bangu,
América RJ
Pequeno B: Americano
RJ, Ypiranga BA
Minúsculo A: São
Caetano, Baruei, Santo André
Minúsculo B: Macaé, Cabofriense, etc
Então é isso. Publicarei sabendo que desagradará 90% das
pessoas, pois o futebol é muitas vezes visto de forma descolada da sociedade
(já que envolve muita paixão), mesmo por aqueles que tem um olhar mais crítico
ao que acontece ao seu redor.
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