sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Espelho_5


       - Eu não me lembro de nada.
       - Tem certeza, querida? – a mãe de Sara pergunta.
       - Sim mãe! Eu juro que não consigo lembrar de nada do que aconteceu depois que eu fui a festa na casa de Marcos! – Sara fala, se forçando a lembrar de alguma coisa, mas a tentativa é inútil, tudo que ela consegue visualizar e apenas um vazio.
     Samuel fica calado, sentado no sofá, apenas observando sua irmã. Ele se lembrava dos eventos passados e aquilo lhe dava medo, não medo de sua irmã, mas medo de perdê-la novamente.
      O dia passa rapidamente, os pais do rapaz se ocupam ligando para psicólogos a fim de levar Sara e fazer com que ela se lembra do que havia acontecido. Seu pai, principalmente, temia que Sara tivesse sido sequestrada e não admitiria que os culpados saíssem impunes.
         Samuel fica em seu quarto, tentando ler um livro, mas sempre que lê uma nova frase, sua mente o leva aos fatos estranhos relacionados a Sara. A noite chega, um jantar normal; Samuel vai para o seu quarto, lê mais algumas páginas do livro e adormece.
          Um estrondo. Samuel acorda assustado e corre em direção ao andar de baixo para ver do que se tratava, uma forte chuva caia lá fora e a porta da frente da casa estava aberta e batia com o vento. De imediato Samuel chega à conclusão que Sara não estava dormindo tranquila em seu quarto.
             Samuel corre em meio à chuva gritando pela irmã, quando de repente ele pode vê-la, parada, com os cabelos sobre o rosto, e tremendo muito. O rapaz nota que ela está no meio da rua.
          - Sara! Sara! Sai dai! – o medo de que algo acontecesse fazia com que Samuel caísse em desespero. – Sara!
        Faróis iluminam o corpo tremulo da garota, um carro desgovernado se aproxima de Sara, mas ela não reage.
       - Sara!
       O carro estava a cerca de um metro de Sara, quando ele desvia e se choca contra uma arvore.







Nenhum comentário:

Postar um comentário