- Eu não me lembro de nada.
- Tem certeza, querida? – a mãe de Sara
pergunta.
- Sim mãe! Eu juro que não consigo
lembrar de nada do que aconteceu depois que eu fui a festa na casa de Marcos! –
Sara fala, se forçando a lembrar de alguma coisa, mas a tentativa é inútil,
tudo que ela consegue visualizar e apenas um vazio.
Samuel fica calado, sentado no sofá,
apenas observando sua irmã. Ele se lembrava dos eventos passados e aquilo lhe
dava medo, não medo de sua irmã, mas medo de perdê-la novamente.
O dia passa rapidamente, os pais do rapaz
se ocupam ligando para psicólogos a fim de levar Sara e fazer com que ela se
lembra do que havia acontecido. Seu pai, principalmente, temia que Sara tivesse
sido sequestrada e não admitiria que os culpados saíssem impunes.
Samuel fica em seu quarto, tentando
ler um livro, mas sempre que lê uma nova frase, sua mente o leva aos fatos
estranhos relacionados a Sara. A noite chega, um jantar normal; Samuel vai para
o seu quarto, lê mais algumas páginas do livro e adormece.
Um estrondo. Samuel acorda assustado
e corre em direção ao andar de baixo para ver do que se tratava, uma forte
chuva caia lá fora e a porta da frente da casa estava aberta e batia com o
vento. De imediato Samuel chega à conclusão que Sara não estava dormindo
tranquila em seu quarto.
Samuel corre em meio à chuva
gritando pela irmã, quando de repente ele pode vê-la, parada, com os cabelos
sobre o rosto, e tremendo muito. O rapaz nota que ela está no meio da rua.
- Sara! Sara! Sai dai! – o medo de
que algo acontecesse fazia com que Samuel caísse em desespero. – Sara!
Faróis iluminam o corpo tremulo da
garota, um carro desgovernado se aproxima de Sara, mas ela não reage.
- Sara!
O carro estava a cerca de um metro de
Sara, quando ele desvia e se choca contra uma arvore.
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